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AESTHETIC INTELLIGENCE

Inteligência Estética! – Não, não falo de estética associada a estereótipos de beleza, tratamentos de rosto e corpo, produtos anti-celulíticos, decoração de espaços ou arquitectura moderna. Refiro-me a uma “linguagem” importada do mundo das artes para tornar as experiências da nossa vida, mais ricas, significativas e preenchidas de sentido.

E se os nossos dias pudessem ser criações artísticas permanentes?

E se olhássemos para a nossa vida como uma grande obra prima?

E se pudéssemos aprender com a arte a sermos e estarmos mais atentos, mais presentes e mais criativos?


Aprender a linguagem da arte fazendo uso de processos artísticos permite-nos a todos beneficiar de novas perspectivas e estados de maior amplitude de consciência.

Provavelmente, todos nós já percebemos que não encontramos todas as soluções no mundo lógico e racional, e que boa parte das respostas emergem após o mergulho na nossa “verdade” emocional. E o uso de práticas artísticas como a dança, o canto, a representação, a pintura, o desenho, a modelagem, a escultura, entre tantas outras, ajudam-nos a desacelerar, acalmar a mente, despertar a intuição e colocar-nos em contacto com a nossa sabedoria interior. Esta via de expressão coloca para fora e torna “visível” o nosso inconsciente e o nosso conhecimento mais profundo.


Este tipo de inteligência procura criar beleza através do emprego de todos os nossos sentidos a partir de um estado interno de presença e centramento. A presença que nos convida a abster dos nossos loopings de pensamentos e “escutar” com o corpo todo, tornando-nos mais curiosos e conscientes de nós mesmos, do nosso mundo interno e externo, e do que mais intimamente sentimos. Sendo uma fonte de energia, inspiração, criatividade e conexão.

Ser Esteticamente Inteligente é ver, ouvir, tocar, cheirar e saborear todas as experiências da nossa vida.

Quando nascemos e à medida que vamos crescendo descobrimos o mundo através da experimentação sensorial, fazemos exactamente o que acabei de descrever, experimentamos o mundo com todos os nossos sentidos – mas um dia esquecemos, deixamos de perceber subtilezas e reduzimos as nossas vivências e com elas a nossa habilidade criativa. A mesma criatividade que emerge intuitivamente dos estados de curiosidade e descoberta permanentes, como se a cada dia chegássemos ao mundo pela primeira vez, e tudo fosse sempre um fascinante encontro.

A raiz da palavra estética refere-se ao emprego dos nossos sentidos. E resgatar o poder das nossas experiências sensoriais plenas é a essência desta inteligência.


Cada experiência, cada momento, cada dia estão repletos de percepções numa permanente dança sensorial cheia de significados. Então, porquê apenas olhar? Como um dia escreveu Saramago “Se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara.” – e mais do que isso, porquê só reparar quando podemos ouvir, tocar, cheirar e provar?

Aqui fica o meu convite. Comece agora a experimentar o mundo como se tivesse acabado de aqui chegar. Boas descobertas! :)



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