Tudo contém o seu oposto...
Nestes dias, estou na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, no berço da PNL a certificar-me como consultora generativa pela mão do extraordinário Robert Dilts.
E é na floresta de Sequoias que crescem em círculos e nos invadem os sentidos num imenso espectáculo de beleza natural que perfuma o ar e ascende até ao céu, que temos reflectido sobre a dança da complementaridade e em como a criatividade emerge da integração de forças opostas.
Podemos reconhecer isso em toda a existência, mas quando falamos de seres humanos somos brindados com uma nova forma de nos experienciarmos como um todo. Não sou forte sem também ser frágil, não sou alegre sem ser triste, não flexível sem ser firme. Quando vivo só um dos lados, na sombra o seu oposto habita, e posso convidá-lo a fazer parte, para não ser só isto ou só aquilo, mas para ser tudo, de todas a formas.
Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu avesso.
Quando falamos em generatividade ou mudança generativa pressupomos o acesso à imensa dimensão inconsciente de possibilidades para que algo novo possa ser criado, e para fazê-lo precisamos activar a capacidade de reconhecer e desenvolver beleza, através da formação de padrões harmoniosos que estabelecem a união e a integração do que à partida a natureza dual da realidade chama de polaridades.
No trabalho generativo olhamo-nos como um conjunto de partes interdependentes e convidamo-las a pertencer, a mudança desenvolve-se pela integração da dualidade, e a assunção de que tudo é complemento e complementado num movimento infinito gerador de equilíbrio, união e criatividade em que não se é um nem outro, é-se ambos e muito mais do que isso.
~ por Joana Sobreiro
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