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O TODO

uma visão sistémica da vida


O pensamento humano desenvolve-se pela forma de ver, percepcionar e compreender a vida – evoluímos hoje, para a abertura a um novo paradigma na representação da existência, que se traduz numa visão UNA da vida.


O pensamento sistémico surge na segunda metade do século XX, propondo integrar a visão do todo, até então ausente no reducionismo-mecanicista e no pensamento cartesiano. Esta nova concepção da vida, não exclui a racionalidade científica, mas considera-a insuficiente quando se pretende compreender e explicar o desenvolvimento humano e os fenómenos da psique.

Um sistema é composto por diferentes elementos ou partes que se relacionam de forma directa ou indirecta, são interdependentes e interactivos, e este como um todo influencia e determina o comportamento de cada um dos seus elementos.

Se colocarmos no chão todos os componentes de uma bicicleta, não teremos como resultado uma bicicleta – ou seja, mais do que o estudo individual das suas partes, a visão sistémica foca-se nas relações entre estas, que se interconectam e interagem, formando um todo complexo e unitário. Concebe as relações em termos dinâmicos, variáveis e circulares, pressupondo múltiplas inter-relações entre os elementos.


a visão do mundo enquanto processo


É a integração das diferentes dimensões da existência humana e da vida, permitindo que um indivíduo compreenda a sua importância enquanto elemento de um sistema biológico, cognitivo, familiar, social, ecológico, humano, planetário, cósmico, universal – esta teoria é uma forma de ver, compreender e estar no mundo. Não exclui, não segrega, não separa, pelo contrário, estabelece nexos e correlações entre elementos que à partida poderiam ser considerados incombináveis, é a visão do mundo enquanto processo em vez de estrutura. Nesta perspectiva, os elementos adaptam-se, promovem a integração, a auto-organização e a transcendência.


Sendo esta uma forma de encarar a realidade, os seus conceitos podem ser aplicados a diferentes áreas do conhecimento, é a concepção do homem e da vida como um TODO maior, que ultrapassa a simples soma das suas partes.

Ao reflectirmos nesta relação entre o todo e a parte, percebemos que todo e parte na sua versão absoluta não existem – o Homem é um todo, mas no contexto familiar, passa a ser parte, assim como esta família que é um todo, passará a ser parte de uma sociedade, que é também ela parte da raça humana, que é, por si só, parte da dinâmica da vida planetária, que por sua vez, é também parte de um todo cósmico e universal. Esta compreensão holística do Homem e do Universo é representativa da dança oscilante de todos e partes, que se estruturam e animam. Todos e partes estão interligados, são interdependentes e exponenciais, formando todos cada vez maiores.


Em oposição ao dualismo fragmentador que separou o homem da sua unidade, a visão holística e integradora sustentada pelo pensamento sistémico promove a mudança na forma como olhamos para o mundo, abrindo a nossa percepção a novas possibilidades, promovendo novas formas de encarar os estados físico, mental e emocional, a aprendizagem e o desenvolvimento humano, despertando-nos para novas abordagens psicológicas que ultrapassam os limites pessoais, ascendendo a níveis denominados transpessoais.






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